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Apple remove aplicativos de rastreamento imigratório

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Apple remove apps de rastreamento de agentes de imigração dos EUA

A Apple removeu aplicativos que permitiam aos usuários reportar avistamentos de agentes do ICE (Immigration and Customs Enforcement) dos EUA. A empresa afirmou que retirou o ICEBlock da App Store após ser alertada por autoridades sobre "riscos de segurança" associados a ele e a "aplicativos similares".

Outro aplicativo chamado ICE Immigration Alerts também foi removido tanto da App Store quanto do Google Play. Um terceiro, Coqui, foi retirado do Google Play.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, declarou ter "exigido" a remoção do ICEBlock, afirmando que ele foi "projetado para colocar agentes do ICE em risco". O criador do aplicativo, Joshua Aaron, acusou a Apple de "capitular a um regime autoritário" e defendeu que o app é protegido pela Primeira Emenda da Constituição americana.

Os aplicativos foram desenvolvidos em resposta à repressão do presidente Trump à imigração ilegal e ao aumento de operações do ICE. O ICEBlock permitia que usuários reportassem avistamentos de agentes e foi baixado mais de um milhão de vezes nos EUA.

As autoridades argumentam que esses aplicativos colocam a vida dos agentes em perigo, citando um caso em setembro onde um atacante usou apps similares para rastrear movimentos do ICE antes de um ataque fatal em Dallas.

Tanto Apple quanto Google confirmaram as remoções, com a Google citando violações de políticas, enquanto os desenvolvedores criticam a decisão como uma ameaça à liberdade de expressão.